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Oferecer serviços para cargas especiais (como produtos químicos e equipamentos industriais), integrar sistemas de tecnologia e disponibilizar recursos humanos com credenciais aos clientes. Essas medidas integram a estratégia comercial que o Grupo Localfrio adotará neste ano para não ser impactado pela crise econômica. O plano está mantido mesmo após o incêndio em um de seus dois terminais retroportuários em Guarujá, no mês passado.
O grupo – que cresceu 4% em movimentação no último ano, com uma alta de 11% em ganho de mercado – também planeja continuar explorando o cross-selling. Ele engloba vendas cruzadas interligando as atividades logísticas nas sete unidades de negócios da empresa, localizadas nos complexos portuários de Suape (PE), Itajaí (SC) e Santos. Com isso, a expectativa da companhia – que não divulga números consolidados – é de crescer, ao menos, 9% nas vendas.
“Em 2015, o setor de transportes cresceu 46% em faturamento e, hoje, corresponde a 19% do faturamento da companhia”, comemora o CEO da firma, Hélio Vasone Jr.
Nesse setor, a empresa opera principalmente produtos químicas e cargas de projetos, como as pás eólicas, fabricadas no Sudeste e que seguem para o Nordeste. Sobre esses equipamentos, as atividades de gerenciamento logístico realizadas fizeram com que a empresa não sentisse, em seu caixa, o reflexo da queda na movimentação de contêineres – inclusive os refrigerados, que são a vocação da firma – no Porto de Santos, segundo Vasone Júnior.
Em relação aos contêineres, o executivo não espera um crescimento neste ano. “O aumento do volume de exportação ainda não aconteceu da forma que o mercado esperava em função de câmbio”, afirma.
Novo contrato
Neste ano, a Localfrio também busca a renovação do contrato de arrendamento de seu Terminal I, na Margem Esquerda do Porto de Santos,em Guarujá. Foi nessa área onde ocorreu o incêndio do mês passado, Pelas regras, a empresa não tem mais direto à prorrogação do contrato, tendo de devolver o terreno ao Governo Federal para a realização de uma nova concessão. Apesar disso, o CEO quer manter as operações no local.
“O grupo está confiante em sua permanência na área, mantendo contato com os órgãos públicos anuentes na discussão de seu direito e apresentando os investimentos feitos nos últimos anos e os programados para o futuro, a fim de contribuir com o desenvolvimento do Porto de Santos”, pontuou Vasone Jr. Ele não informou detalhes das negociações, mas garantiu que o trabalho continua normalmente.
Por outro lado, o Terminal II de Guarujá, localizado no retroporto da cidade, já concluiu as obras de readequação que para torná-lo em um Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA), podendo receber cargas de comércio exterior para beneficiamento. De acordo com a empresa, o local aguarda apenas os trâmites finais da Receita Federal para operar em definitivo, em modelo semelhante ao Terminal I.
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