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Desde a sua inauguração, em 1935, o porto aumentou em quase 500 vezes o volume de cargas movimentadas ano a ano. No ano de sua criação movimentava 91.598 toneladas de carga. Em 2016, a movimentação foi de 45,1 milhões de toneladas.
Atualmente, o Porto de Paranaguá possui uma área total de 2,3 milhões de metros quadrados e 4,2 mil metros de extensão de cais e píeres. São 20 berços de atracação, um dolphing (estrutura fora do cais para amarração de navios) e dez shiploaders. O complexo para granéis possui capacidade estática de 1,55 milhão de toneladas ou capacidade de armazenamento de 27 mil caminhões.
INVESTIMENTO HISTÓRICO – O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, ressalta que os portos paranaenses receberam, nos últimos seis anos, o maior pacote de investimentos já realizado na história. “São R$ 923 milhões em investimentos públicos do Governo do Paraná”, lembra o secretário. Os investimentos são feitos por meio da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa),
Entre as melhorias estão a troca dos shiploaders (carregadores de navios), novas balanças, portarias, acesso ao Pátio de Triagem e reforma do cais e berços de atracação, que dão mais agilidade à movimentação de mercadorias. Também foram realizadas campanhas de dragagem que garantem mais segurança à operação e aumentam a capacidade de movimentação do porto.
“Realizamos o maior pacote de investimentos públicos do Porto de Paranaguá e eles nos capacitaram para elevar o patamar de movimentação de cargas. Estamos batendo uma série de recordes que comprovam isso”, declara o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino. “Estas melhorias também permitem atender ainda mais usuários da produção agrícola e industrial brasileira”, diz ele.
GUINDASTES E BALANÇAS - Nesta gestão também foram adquiridos dez novos guindastes, novas balanças para pesagem dos caminhões, novos tombadores e demais componentes para descarregar cargas, foram adquiridos scanners para inspeção de cargas, novas guaritas informatizadas e novo acesso ao Pátio de Triagem de Caminhões foram instalados. A implantação do Appa Web (Porto Sem Papel), a nova iluminação (em LED) da avenida portuária, trouxeram maior agilidade e segurança para operações noturnas.
Foi concluído o Centro de Proteção Ambiental das Baias de Paranaguá e Antonina (CPA) – primeira base do Brasil, localizada em porto público, que integra o atendimento à fauna petrolizada com o atendimento a emergências ambientais envolvendo derramamentos químicos e de óleo.
MODERNIZAÇÃO - Somando-se às melhorias realizadas, já foram licitados R$183 milhões para modernização dos berços 201 e 202 e ampliação em 100 metros do cais do berço 201 - sentido Oeste. Os projetos dos novos píeres já estão prontos. Outro avanço é no planejamento. O Governo do Paraná concluiu o Plano de Desenvolvimento do zoneamento portuário (PDZPO), que permitirá o arrendamento de novas áreas.
GERAÇÃO DE EMPREGOS - Além de recordes de movimentação e cargas, a atividade portuária também contribui muito para a economia da cidade de Paranaguá. O porto gera 44.257 mil empregos diretos. A atividade portuária é também a maior fonte pagadora de Paranaguá, já que dos cerca de 1,6 bilhão injetados na economia da cidade em salários todos os anos, 1/4 é proveniente dos empregos ligados diretamente ao porto. A média salarial destes trabalhadores também é 23% superior à remuneração média dos demais trabalhadores de Paranaguá.
Dentre as empresas instaladas em Paranaguá, mais de 14% estão ligadas ao serviço portuário. A atividade portuária emprega um em cada cinco dos trabalhadores da cidade, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
A história do Porto de Paranaguá remonta ao século XVII. Em 1872, o porto que hoje é um dos maiores complexos portuários do Brasil e da América Latina, era um atracadouro, administrado por particulares. Foi apenas no início do século XX, em 1917, que o Governo do Paraná assumiu a administração, à época estava situada na Rua da Praia, em Paranaguá.
No dia 17 de março de 1935 o novo porto de Paranaguá foi inaugurado no local onde está até os dias de hoje, e contava com cais de 400 metros, calado de cinco metros, além de dois armazéns e linhas férreas para guindastes, totalizando uma área cercada de 10 mil metros quadrados.
Em seu primeiro ano de funcionamento, o Porto de Paranaguá movimentou 91.598 toneladas de mercadorias nos 437 navios e lanchas que atracaram nocais. As cargas resumiam-se basicamente a produtos primários para exportação, como erva-mate, madeira, açúcar, café, e manufaturados importados – máquinas, arames, trilhos, veículos.
Ano a ano, as melhorias e ampliações foram sendo realizadas no porto, que foi se adaptando às mudanças econômicas. Em 1973, o então presidente Emílio Garrastazu Médici inaugurou o Corredor de Exportação e, no mesmo ano, iniciaram-se os estudos para a construção de um canal artificial de acesso ao porto – o Canal da Galheta.
Em 1975, quando o terminal já movimentava 5 milhões de toneladas de cargas, foi inaugurada a sede administrativa do Porto, o Palácio Taguaré. Em 1985, a área de influência do Porto de Paranaguá já passava dos 500 mil quilômetros quadrados, abrangendo todo o Paraná, Santa Catarina e Rio grande do Sul, além do sul de São Paulo, Mato Grosso do Sul e, também, o Paraguai.
Entre 2003 e 2010 o Porto de Paranaguá a movimentação de cargas variou entre 33 milhões e 38 milhões de toneladas.
Já nos anos nos últimos seis anos houve um aumento na movimentação geral de cargas de 2011 (41 milhões), 2012 (44 milhões), 2013 (46 milhões), 2014 (45 milhões), 2015 (43,9 milhões) e 2016 (45,1 milhões).
O engenheiro Kozo Kawata, que há quase cinco décadas trabalha no Porto de Paranaguá, conta que teve a felicidade de testemunhar e participar da evolução do Porto de Paranaguá neste período. “O Porto de Paranaguá, como um grande polo econômico, que conecta uma área de influência de 800 mil quilômetros quadrados com o restante do mundo, é o pulmão de riquezas por onde o Paraná respira”, enfatizou Kozo.
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